05/06/2014 - 08:46

A mudança na composição da chapa majoritária governista – e todas as especulações e confusões que se somam ao fato – tem provocado o maior rebuliço público. Mas, a movimentação política e silenciosa acontece mesmo é com relação à composição das alianças. Esta questão, sim, será o grande balizador no momento final de fechamento das coligações majoritárias e proporcionais.
A redução das vagas nas bancadas da Câmara dos Deputados e, por consequência, na Assembleia Legislativa tem provocado muitas discussões, reuniões, cálculos e mais cálculos. Tem muita liderança “vendendo alto” espólio que não lhe cabe, muito menos os votos. A matemática é exata, mas não tá fechando. E o jogo é do tipo, tu me enganas e eu finjo que acredito.
Toda a negociação passa longe do campo ideológico. Bem fez o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) que na solenidade de apoio do seu partido ao pré-candidato Padilha, do PT, rasgou ao microfone que ali estava selada uma aliança em torno do tempo no horário eleitoral gratuito. Aqui não é tão diferente. O horário gratuito pesa, sim, mas é a legenda que conta mais alto. Os partidos nanicos, por exemplo, desceram o salto e sabem que dificilmente vão emplacar um parlamentar sem uma aliança mais consistente. A negociação está em curso e pende para o bloco da situação.
Osmar Júnior ensaia namoro com Wellington Dias
A informação de bastidores é que o deputado Osmar Júnior esteja fechado com o senador Wellington Dias, dito por interlocutores muito próximos ao pré-candidato do PT.
Acredito não. E por dois motivos claros. O primeiro é que o PCdoB vai debutar à frente da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, pois está bem perto de completar 15 anos no comando da pasta. O segundo é que as chances de Osmar se reeleger na chapa de Wellington é mínima em função, justamente, do coeficiente eleitoral.
Toma lá, dá cá
O deputado Cícero Magalhães (PT) só é pequeno, mas ganha alguns centímetros ao discursar, seja na tribuna ou mesmo em seu assento, sobretudo quando parte para a discussão com o deputado Robert Rios (PDT). E como estamos falando em coeficiente eleitoral, o petista lembrava, ontem, que “ninguém chegou aqui sozinho. Ninguém aqui teve coeficiente sozinho para se eleger”.
O primeiro furo
Bastou o blog publicar a foto do governador Zé Filho com o publicitário Duda Mendonça para ser questionado da veracidade da foto. Entre os petistas, a reação foi imediata e chegaram a contestar a publicação, dizendo se tratar de uma foto antiga.
Não era não
O governador esteve, ontem, sim, com o mago de campanhas eleitorais e levou junto o seu secretário de comunicação, Toni Trinade. Duda Mendonça tinha acabado de chegar da Colômbia, onde trabalha para eleger Óscar Iván Zuluaga à presidência no segundo turno das eleições marcado para o dia 15 de julho.
Conversaram bastante e animadamente. E o gesto que Duda fez ao posar para foto com o governador Zé Filho, o “v” de vitória, para mim foi mais do que sugestivo. Foi um indicativo de que ele estará na campanha de reeleição do governador.

Quanto vale Duda Mendonça?
Não é pouco dinheiro não. Em uma campanha eleitoral, Duda chega a emplacar R$ 30 milhões. Este é o valor do contrato fechado pelo marqueteiro com o empresário José Batista Júnior, presidente do Grupo Friboi, para o Governo de Goiás.
Outra campanha que já está encomendada ao baiano é de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, ao Governo de São Paulo. Fechando com Zé Filho, a coincidência não será somente pelo fato das ligações empresariais, da Federação das Indústrias, por exemplo. Tanto Batista Júnior, como Paulo Skaf e Zé Filho são do PMDB.
Teoria da conspiração
Dizem que o nome faz o fuxico. Então, vamos preservar o peemedebista ao revelar a tese que circula nas rodas políticas. Isso porque para este e outros tantos só um motivo levou Sílvio Mendes a embarcar no ensaio de candidatura do deputado federal Marcelo Castro: a certeza de que ela não iria muito longe.
Parece absurdo? Segundo consta, o tucano previu todo o cenário e incentivou, prevendo a discórdia no PMDB para sair como “a solução”. Assim, segundo a mesma teoria da conspiração, ele conseguiria fazer com que todos se voltassem para a candidatura majoritária do PSDB.
Ainda assim, em se confirmando a tese, não passa de um mero ensaio amador. Bastavam ter dado ouvidos – coisa que não fazem – ao dito popular que é pregado à exaustão pelo deputado Tererê, o tucano desgarrado: “Gunverno é Gunverno”.
Dois Ministros em Teresina em uma semana
Teresina recebe dois ministros em uma semana. O primeiro a desembarcar é Paulo Bernardo, das Comunicações que participa do lançamento, nesta sexta, de um balão do Google que vai fornecer internet wifi de alta qualidade no Estado.
O outro é o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, que tem visita agendada para a capital e Parnaíba, próximo dia 10. Entre outros assuntos, vai falar aqui do programa “Mais Médicos”.

Uma CPI para Firmino
O verador Dudu do PT quer saber se o aumento de 5,85% sobre gratificação dos servidores públicos da capital, concedido pelo prefeito Firmino Filho, sem passar pela Câmara de Teresina, foi regular. Já conseguiu 10 assinaturas , o mínimo para que o pedido seja protocolado na Casa.
Me parece um exagero o pedido de CPI, até porque uma consulta à Procuradoria do Município, talvez, respondesse ao vereador petista. Mas, estamos às vésperas do pleito eleitoral.