Foto Agencia Senado

 

Wellington Dias muda e deixa estilo paz e amor

Algumas considerações ainda merecem ser feitas sobre o debate entre os candidatos a governador do Piauí. Ontem, em nossa coluna diária, falamos do “efeito surpresa que o governador Zé Filho”. Hoje, avaliamos a postura do candidato Wellington Dias (PT) que, mesmo contando com uma vantagem considerável em cima de Zé Filho, que candidato à reeleição pelo PMDB, segundo as pesquisas divulgadas até o momento, assumiu a postura de ataque, partiu para o confronto, fez acusações e deixou de lado o estilo “indiozinho do cabelinho repartidim bem ao estilo paz e amor”. O petista nunca havia feito isso. Sua postura sempre foi atrelada à divulgação de uma campanha propositiva, do tipo não vou baixar o nível e esperar os ataques – como quem sabe que, com a liderança, é mais fácil sair de vítima. Wellington Dias certamente também ignorou as orientações repassadas pelo núcleo duro da campanha, sobretudo na área do marketing eleitoral. Agiu como oposição, como de fato o é, mas não como uma oposição que está com a dianteira e consta como grande favorito no pleito. A justificativa pode até ser o receio de um rolo compressor do “blocão”, juntamente com a máquina estadual, que roda à favor de todo e qualquer chefe do Karnak de plantão. Máquina aqui, frise-se, no sentido de nomeações, inúmeros cargos, poder pulverizado por todo o Estado. Em tempo, a única lembrança que esta jornalista tem de comportamento parecido do senador Wellington Dias foi quando, em 2002, no último debate antes das eleições, o petista apresentou ao vivo um comprovante de saque milionário de conta da Agespisa, na boca do caixa, e a fez a denúncia de que o então candidato à reeleição, Hugo Napoleão, se beneficiaria com as malas de dinheiro.

 

Wellington não poderá contar com Dilma

Outro ponto a ser avaliado e considerado, indiscutivelmente, pelo candidato Wellington Dias é que, nem de longe, as eleições de 2014 lembram a consagração do PT em 2002. À época, com Lula candidato à presidente, uma verdadeira onda vermelha se espalhou pelo país, beneficiando correligionários como Dias e aliados nos estados.

Mesmo com toda força, poder e prestígio, além da preferência disparada do eleitor piauiense pelo ex-presidente Lula e por tabela à Dilma Rousseff, esta onda não terá mais a mesma força para varrer facilmente os adversários que o PT encontrar pelo caminho.

A presidenta na última pesquisa Datafolha viu, pela primeira vez, uma ameaça concreta ao propósito da reeleição. Pelos números, Dilma ganha no primeiro turno, mas aparece empatada com Aécio num eventual segundo turno.

 

 

Candidatos no interior

Durante a semana os candidatos ao Governo priorizaram agenda na capital e aos finais de semana se deslocam para o interior, aproveitando o clima de grandes eventos, como a ExpoCorrente e festejos nos municípios.

Não é sem propósito que permanecem em Teresina nos dias úteis. Antes que a campanha entre num ritmo mais intenso, estão aproveitando para fazer gravações do programa eleitoral gratuito que entra na programação das emissoras de televisão e rádio no período de 19 de agosto a 02 de outubro.

 

O trabalho do terceiro turno

Já se falou aqui do trabalho intenso das assessorias jurídicas das coligações para encontrar brechas que possam criar problemas, ganhar espaço na mídia…enfim, tentar impugnar e tirar opositores do páreo.

A última partiu da Coligação “Piauí no Coração”, do governador Zé Filho, que acusa Wellington Dias (PT) de usar site institucional do senador para promoção das ações de campanha. Pediu a cassação dos registros de Wellington e da vice Margareth Coelho.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.