A receita de Zé Dirceu
O ex-ministro Chefe da Casa Civil, Zé Dirceu, voltou a trabalhar num escritório de advocacia, um benefício concedido pela Justiça, mas tem que retornar todas as noites para a penitenciária em função da condenação no processo do mensalão. Mas, o que talvez poucos saibam é que sua atuação política é intensa e acontece desde os tempos de presidiário em regime fechado. Ele mantém um blog político, com ampla divulgação nas redes sociais, em que defende suas ideias e milita fervorosamente em prol do Partido dos Trabalhadores e seus apaniguados. Ontem, em defesa da candidatura de Alexandre Padilha ao Governo de São Paulo, deu uma aula sobre o PT. Lembrava à militância que não tem porque alimentar desespero ou pânico em função dos baixos índices do ex-ministro da saúde nas pesquisas de intenção de voto. Também, segundo Dirceu, o PT é partido de chegada e que não eram muito diferentes os índices de outros candidatos, à esta altura da disputa, em eleições anteriores em São Paulo. E dá a receita para ganhar as eleições – nacionais e no maior estado em número de eleitores do país: “em vez de ficar centrado nas pesquisas, devemos ir à luta, criar fatos políticos, fazer a disputa política, …ganhamos , sim, se formos para a rua, para o embate eleitoral e político”. Pois bem, e o porque desta análise em torno de São Paulo? Para o lembrar que é de lá, do maior colégio eleitoral do país, que se cria uma onda em torno do grande favorito ou favorita para ganhar as eleições presidenciais e com eco por todos os demais estados da federação onde o PT apoia ou é apoiado. Daí a preocupação com o sucesso do candidato Padilha. E, assim, lembrar de comentário do blog, há poucos dias, em que nos reportávamos à dificuldade do senador Wellington Dias em contar com esta onda, que o favoreceu em 2002, para vencer o pleito de 2014.
Wilson Martins concentra campanha em Teresina
O ex-governador Wilson Martins deve concentrar as atividades de campanha nos próximos dias em Teresina, reduto do quase único e principal adversário, o ex-prefeito Elmano Férrer.
É da capital que ecoa o nome do favorito para vencer as eleições. É claro que não se pode questionar a força do interior, mas este é muito influenciado pelos destinos da capital.
Wilson sabe disso e reforça, atrelado aos tucanos, o time em campo para trabalhar e tentar reverter o favoritismo do veín na capital.
Material gráfico sem majoritários
Os candidatos não estão priorizando no material gráfico o nome dos candidatos majoritários. Explicação: a bagunça no interior é generalizada. E não há o que se falar mais em fidelidade partidária. Isso é coisa do passado.
Cabe, portanto, aos candidatos proporcionais deixarem suas lideranças à vontade, bem ao gosto do freguês.
Marcelo Castro se reaproxima da campanha governista
O presidente do Diretório Regional do PMDB, deputado Marcelo Castro, aos poucos vem dando demonstrações de que se reintegrará ao grupo que deixou de encabeçar para dar lugar e vez ao governador Zé Filho. Apostas contrárias à parte, é bem isso que se pode esperar de Castro. Pelo menos ao grande público.
Marcelo Castro, evidentemente, não fará muito esforço para reverter o voto de quem preferir o amigo Wellington Dias. Aí é pedir demais.
A farra dos carros alugados
Leitor amigo e atento fez uma observação pertinente com relação a uma fala do governador Zé Filho que passou despercebida do blog e de todo o resto da imprensa. Foi quando este anunciou que entre as medidas de austeridade implantadas pelo Governo para redução dos gastos está o fim de contratos de carros alugados.
Zé Filho disse na cara de Wellington Dias, sem titubear, que fora no Governo do PT que houve o maior número deste tipo de contratação. E também é fato que o petista não respondeu ao ataque.
Vê-se, portanto, que se configura aqui a tese de que não é bom ter como adversário o amigo de ontem. Se mexer mais, vai feder. Esteja aí, talvez, a explicação do comportamento do senador Wellington Dias que não estava à vontade… Arrisco-me a dizer que demonstrou em alguns momentos não só o desconforto, mas que estava acuado.
A Copa das Copas e só
Impressionante! Uma semana! Apenas sete dias foram suficientes para ninguém mais falar em Copa do Mundo. Você, leitor, pode fazer o teste. Não há mais comentários, nem muro das lamentações. É vida que segue.
E, se de um lado, muita gente ganhou com a realização do campeonato mundial, sobretudo nas cidades sede, em Teresina, por exemplo, muitos comerciários e setores prestadores de serviço comemoram é o fim da Copa do Mundo, período em que amargaram prejuízos com a baixa movimentação em seus negócios.
O fato é que, se desde já o esquecimento é geral, não há o que se falar em outubro, quando da realização das eleições. Hoje, estou convicta que a influência da derrota da seleção será mínima no resultado geral do pleito. De resto, só o sentimento de que o Brasil realizou a Copa das Copas.
Mais concursados podem ser contratados
Ainda sobre a polêmica decisão do TCE, semana passada, que movimentou o mundo político em torno da decisão de exoneração de concursados, vale a observação de que a legislação permite a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança, mesmo que a despesa total com pessoal tenha excedido 95% do seu limite.
O TCE, nesta semana, foi além, já se antecipou a novas polêmicas e estabeleceu que fica liberado também a nomeação de servidores da Educação, saúde e Segurança desde que demonstre as vagas estão ociosas devido a aposentadorias e falecimentos.
Ainda querem convencer de que aquela Casa não é política. Tenha dó.