martinho 180 mil wellington dias

 

José Martinho e a nova versão sobre o caso dos R$ 180 mil

Ainda sobre as declarações prestadas por José Martinho, primo e motorista de Wellington Dias pego com R$ 180 mil escondidos em seu carro vale o registro de outra análise sobre a decisão dele de falar para a imprensa (Tv Cidade Verde e Tv Meio Norte) em que ele explica a origem do dinheiro apreendido pela Polícia Rodoviária Federal, na divisa do Piauí com a Bahia.

Levando em consideração que o delegado Francisco Carlos de Sá – da Bahia – não mentiu ao dizer que José Martinho não sabia explicar a origem do dinheiro, quando pego em flagrante com o montante escondido, e só foi  porque o rapaz que conduzia o carro estava com uma habilitação falsa, uma grande dúvida se abre sobre a nova versão apresentada por Martinho.

Até porque a revelação aconteceu exatamente na véspera (ontem) do debate que a Tv Cidade Verde promove nesta quinta, dia 25 setembro. E de todos os demais embates entre os candidatos a governador nesta reta final da campanha.

Vale ressaltar, ainda, que não foi um furo de reportagem, nem da Cidade Verde, nem da Meio Norte. Foi tudo combinado e previamente negociado entre as emissoras com o advogado e o próprio José Martinho.

Indiscutivelmente, Wellington Dias chegará para o confronto com uma não,  duas cartas na mão. Até porque, como já foi lançado e lembrado publicamente, bem como está previsto em Lei, cabe a quem acusa apresentar prova ou provas.

 

O direito de perguntar

A dúvida levantada pelo blog com relação à nova versão de José Martinho sobre a origem dos R$ 180 mil apreendidos em seu veículo é reforçada pela iniciativa da assessoria jurídica do candidato Wellington Dias que, diante do novo testemunho, já têm pronta ação a ser apresentada na Justiça. Em seu conteúdo, a medida pede para que o assunto (180 mil reais) não seja abordado pelos adversários nos próximos debates na Tv.

O senador Wellington Dias, até hoje, ainda não tinha decidido se vai apresentar a peça jurídica na tentativa de garantir uma liminar. E deve refletir mesmo. Até porque a história ainda não “pegou” nele, mas se tentar fugir do assunto poderá passar um recibo em branco para os adversários.

É coisa do tipo se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

 

Ministério Público Federal do Piauí vai acompanhar caso dos R$ 180 mil

Em toda essa história do funcionário do Senado, que é primo e motorista de Wellington Dias, tem uma certeza. O caso está, sim, sendo levantado como suspeita de crime eleitoral. Tanto que o procurador Kelston Lages informou, ontem, que a Procuradoria Regional Eleitoral no Piauí instaurou um procedimento para apurar e investigar o caso que foi distribuído e está sob a responsabilidade do procurador eleitoral Marco Aurélio Adão.

Ainda não está claro qual procedimento. E, aí, talvez seja o grande lance a ser confrontado entre os candidatos nesta reta final da campanha.

 

Terceiro turno garantido

Outra coisa também já é certa. O terceiro turno, o jurídico, já está garantido e antecipado. Desde o início do pleito são muitas as ações – de um lado e de outro – que mais judicializam do que contribuem para o processo.

Neste episódio dos 180 mil reais, pegos com o motorista de Wellington Dias, por exemplo, o placar já está de 1×0 para o senador petista.

É que a assessoria jurídica do índio conseguiu veicular no facebook do governador Zé Filho, através de Direito de Resposta, que “o PT defende a ética na política e que Wellington Dias não possui qualquer condenação por utilização indevida dos servidores do Senado Federal”.

 

A grande família

O ex-governador Wilson Martins tem enfrentado uma grande provação nesta reta final da campanha eleitoral. E não é por outro motivo que não a rejeição ao fato de ter  um irmão e um sobrinho candidatos.

Já pensou se, no final das contas, todos se elegerem e ele não ? Aí é o que pode se chamar que o feitiço virou contra o feiticeiro.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.