traição política blog elisabeth sá

 

Se falou aqui ontem da posição “em cima do muro” de muitas lideranças, sobretudo, do interior do Piauí. Ontem, porém, começou uma nova etapa também esperada e até anunciada – a das traições. O jogo político tem disso e muito mais. Às vezes são “bombas de efeito moral”, “com efeito imediato” ou “efeito retardado”. O fato é que num primeiro momento, quando se anuncia adesões, como fez o governador Zé Filho nesta segunda-feira, dia 07 de julho, algumas avaliações podem ser feitas. A primeira é pelo simbolismo. Zé Filho fez uma grande convenção que impressionou pelo número de participantes, mas teve um impacto maior em função do grande número de políticos reunidos no mesmo palanque e com a mesma causa. Segundo que deixou para o primeiro dia de campanha o anúncio das adesões de quatro prefeitos à campanha de reeleição – dois do PT e dois do PTB. Terceiro: Zé Filho continua muito atrás do senador Wellington Dias nas pesquisas de intenção de voto e ainda assim é o que tem divulgado um clima de otimismo. Então, o que justificaria, neste momento, esta conjuntura ? A máquina ? Dinheiro ? A estrutura ? Não faz muito sentido. Até o dia das eleições só restam três meses. E vale lembrar que do outro lado não tem criança na política. Os adversários de Zé Filho são três senadores da República – Wellington Dias, Ciro Nogueira e João Vicente Claudino – que fazem parte do Governo Federal e estavam até outro dia na composição estadual.

 

Wellington Dias não teme máquina

O senador Wellington Dias fez, ontem, o primeiro ato de campanha com uma grande caminhada no Dirceu. O clima também era de muito otimismo entre os correligionários e aliados como  a candidata a vice, Margarete Coelho, e o candidato a senador Elmano Férrer.

Wellington Dias tem dito que fará uma campanha pé no chão, limpa e que não teme a máquina pública.

 

O puxador

Não se sabe se capitaneados por ele, mas é fato que o deputado João Mádison está com a bola toda com Zé Filho. Ontem, estava ao lado do governador quando das adesões dos prefeitos do Médio Parnaíba que estavam no time adversário.

 

Piada pronta

Pela declaração de bens dos candidatos ao Governo do Estado se vê que os políticos não levam mesmo a prestação de contas a sério desde o início da campanha. Candidato como Mão Santa dizer que tem patrimônio equivalente à R$ 19 mil…

Se duvidar, até seu salário de ex-governador com alguns penduricalhos é maior que isto.

 

O que é pior?

Sinceramente, não sei o que é pior. O político fingir na hora de prestar contas e o Ministério Público, a Justiça Eleitoral, enfim, fingir que acredita.

 

Dinheiro é vendaval

Entre as dez campanhas mais caras declaradas à Justiça Eleitoral no país, três estão em São Paulo. Serão as de Paulo Skakf (PMDB), Alexandre Padilha (PT) e Geraldo Alckimin (PSDB) com gastos previstos na ordem de R$ 95 milhões, R$ 92 milhões e R$ 90 milhões, respectivamente.

 

Puxa e encolhe

Bastante criticada a decisão do Ministro Joaquim Barbosa anunciada ontem de deixar para agosto a sua saída definitiva do Supremo Tribunal Federal.

Ao optar por antecipar a aposentadoria, Barbosa foi motivo de várias especulações, deixou a relatoria de processos importantes…enfim, o Ministro gosta mesmo de uma polêmica.

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