8a79cb670b_mediaO governador Zé Filho é no mínimo corajoso. Ao optar pela candidatura do presidenciável Aécio Neves, em detrimento da campanha de reeleição de Dilma Rousseff, onde lá está também seu correligionário, o vice-presidente Michel Temer, deixou de lado a zona de conforto e abraçou uma causa difícil, dificílima. Fazer campanha no Piauí, na região Nordeste como um todo, contra o Governo Federal é como um tiro no escuro.

Poderá até acertar no que não está vendo, mas, até lá, encontrará muitas resistências- dentro e fora do PMDB e dos partidos aliados. Basta lembrar que em 2010 Dilma obteve 67% dos votos válidos no Piauí contra apenas 20% que foram depositados no candidato tucano, José Serra, no primeiro turno da eleição. Pouca coisa em relação a aceitação do Governo Dilma mudou, as pesquisas encomendadas pelo PT do Piauí mostram isso e por isso mesmo sempre são divulgadas.

Talvez este ponto – convencer e cobrar dos aliados o apoio prometido à Aécio – seja o seu maior desafio e motivo para muitas discussões públicas e debates no privado. Isso porque a força do governador é incontestável, mas não é suficiente para se sobrepor ao instinto de sobrevivência que muitos, para não dizer todos, entendem estar atrelado, umbilicalmente, ao Governo.

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