Força Nacional de Segurança

Quando se falou, lá trás, pra ser mais precisa no Governo Hugo Napoleão, da negociação para construção de um presídio federal no Piauí a repercussão não poderia ser pior.
Capitaneados por políticos do PT, setores da mídia e sociedade reagiram forte contra o investimento, hoje, pregado como uma alternativa para o estado crítico do sistema carcerário do Piauí.
A capital, Teresina, certo dia nesta época, amanheceu toda pichada. “Não queremos o Beira-Mar”, “queremos investimentos, não queremos bandidos”…era mais ou menos assim. Esse era o tom – nos muros e nas falas, protestos.

Agora, tudo mudou.

O governador Wellington Dias sente o peso de um administrador e sabe que o discurso de outrora foi equivocado, inescrupuloso e irresponsável. Foi até o presidente da República, Michel Temer, em busca de um alento para a crise que bate à sua porta e ecoa na sua gestão.

A lembrança do povo não falha apenas aos fatos distantes no tempo, fatos do passado recente também passam esquecidos, ou pouco lembrados.

Wellington Dias pautou sua campanha de 2014 em cima da questão da Segurança. Prometeu em campanha e trouxe depois de eleito a Força Nacional para o Piauí, um remédio paliativo. Ocorre que passados três anos do mandato ainda não ficou pronto o tão alardeado plano de Segurança prometido e o caos tem sido sentido, embora os números oficiais mostrem queda na violência. Para o cidadão o que conta é a sensação de segurança, ou da falta dela. Não é à toa que o deputado Robert Rios (PDT) tem suas mágoas e despeja na tribuna em discursos inflamados críticas contra a gestão da Segurança Pública, hoje na oposição, Robert faz o seu papel, e inclusive o papel que outrora fez o governador Wellington Dias. Agora os dois sabem bem do que falam, conhecem os dois lados da moeda, ou melhor, do problema.

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