O senador Wellington Dias (PT) entra mais uma vez para a história política do Piauí. Já havia entrado antes quando se elegeu, em 2002, o primeiro governador petista do Nordeste. Se reelegeu e saiu para o Senado, sendo eleito com uma votação estrondosa.
Agora, volta para o terceiro mandato de governador vencendo uma eleição com o dobro dos votos do seu adversário, o governador Zé Filho. Mas o que faz Wellington Dias ser esse fenômeno de votos?
Seu segundo governo não foi dos melhores. Denúncias envolvendo aliados e gestores de pastas eram frequentes. E os aliados do seu sucessor não deixaram o eleitor esquecer disso durante o mandato do ex-governador Wilson Martins.
Mesmo assim, Wellington Dias veio em uma aliança de sete contra dezessete partidos e contra a máquina governamental.
Outros discursos de desconstrução não pegam em Wellington Dias. O da oligarquia no poder é um deles. Dias de novo abraçou a candidatura de sua esposa, Rejane Dias, para a Câmara dos Deputados e ela não só foi eleita como foi campeã de votos.
Pode ser uma análise fria, desprovida de dados técnicos, mas no contexto de uma eleição polarizada, sem muitas alternativas, o que parece é que o eleitor preferiu apostar naquele nome que já conhecia e, sendo assim, a eleição de Wellington Dias tem tudo para ser mesmo a consagração.
Mais do político do que do seu projeto ou do seu partido.